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17/05/2023ㅤ Publicado às 09:58

Discussão urgente e necessária em todas as camadas da sociedade, o debate a respeito da diversidade também se faz presente no Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Sergipe (CAU/SE). Através do projeto estratégico CAU Plural, integrante do Conselho, foi realizada uma Consulta Pública que trouxe informações relevantes sobre o tema.

Orientação sexual

Com dados de caráter autodeclaratório, os números dão conta que, em Sergipe, 17,6% dos arquitetos são homossexuais, 8,8% são bissexuais e 2,9% são assexuais. Já entre as arquitetas que responderam à pesquisa, 19,3% são bissexuais, e 1,8% assexuais.

Gênero

Entre todas as respostas obtidas, apenas uma pessoa se autodeclarou como mulher trans, o que ratifica, infelizmente, os últimos dados da Associação Nacional de Travestis e Transsexuais (ANTRA), revelando que cerca de 0,02% da população trans brasileira estava na universidade, 72% não possuíam Ensino Médio e outros 56% não completaram o Ensino Fundamental, tendo a evasão escolar como maior fator motivador. Dessa forma, uma parcela muito pequena da população trans faz parte do mercado formal de trabalho, o que coaduna com a urgência da criação de políticas públicas capazes de não só inserir as pessoas trans na escola, como também oferecer suporte e ferramentas para que elas permaneçam estudando e possam ingressar ao mundo do trabalho.

 

“Os dados da consulta pública demonstram uma grande presença de arquitetas e arquitetos que se autodeclararam enquanto pertencentes à comunidade LGBTQIAPN+, já que mais de 20% das pessoas entrevistadas se entendem enquanto homo ou bissexuais. Assim, é indispensável considerar esse grupo na elaboração de políticas que visem a promoção da diversidade dentro da profissão e da atuação profissional”, disse Nathalia de Moura Barbosa, arquiteta e urbanista, lésbica e conselheira do CAU/SE

A conselheira ainda explica que os desafios para a promoção de uma categoria profissional com mais respeito à diversidade se dá a partir da falta de visibilidade. “O maior desafio ainda é a invisibilização em relação à relevância dessa pauta. No entanto, estamos dando pequenos passos no sentido da instituição de políticas inclusivas dentro da classe, como a recente aprovação de cotas no regimento eleitoral do conselho”, finalizou.

 

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