Sustentabilidade: Arquiteto sergipano projeta casas com base de bambu
06/06/2013 |
Com informações do G1 Sergipe
‘Era uma casa muito engraçada: tinha bambu para as bases, forro de madeira reciclada, areia, cal e mais nada’. Deixando um pouco de lado a descontração que as paródias costumam oferecer a seus leitores, o tema da vez diz respeito ao meio ambiente. E foi motivado por uma consciência pra lá de sustentável que o arquiteto sergipano, Ricardo Nunes, concretizou o sonho de construir residências ecologicamente corretas.
Para quem ainda tem dúvidas, isso é possível, sim. Nas casas de Ricardo, o bambu foi utilizado como base. No teto, o forro foi todo projetado com compensado de madeira reciclada, que funciona como isolante acústico e térmico, diferente do que é usado nas construções convencionais.
Nas casas de Ricardo não tem bloco, nem cimento e nem pedra. As paredes de bambu foram rebocadas com cal e areia, uma proposta que apesar sustentável e econômica, ainda não encontrou parceria para a reprodução em massa.
Redução de custos
Desde 2013, o arquiteto e idealizador do projeto estuda a aplicação do bambu nas construções. Há cinco anos, ele planejou a edificação de duas casas ecológicas construídas no Parque Augusto Franco, em Aracaju, como solução para baixar o custo de novas moradias e preservar o meio ambiente.
“É importante saber que 70% do material utilizado é o bambu, ou seja, foi produzido por fotossíntese e não há nenhum processo industrial de produção desse material. Esse fato torna a produção desse tipo de casa muito mais ecológica, porque evitou processos poluentes, que costumam estar presentes na construção convencional”, explica Ricardo Nunes.
Foram necessários 50 dias para construir cada uma das casas, que tem 46 metros quadrados, com uma durabilidade prevista para ultrapassar 30 anos. Já o investimento para se ter uma casa dessas é menor. Segundo o arquiteto, na época em que elas foram erguidas, enquanto uma moradia popular em Aracaju custava R$ 14 mil, a ecológica custou R$ 9 mil. O arquiteto destaca que as construções podem ser feitas por qualquer pessoa ou empresa.
“O bambu é a madeira mais resistente da natureza e ao mesmo tempo mais leve. Ele tem esses dois fatores importantíssimos para uma construção. E por ser muito leve, numa construção como essa não é necessário fazer alicerce. Isso garante uma grande economia de mão-de-obra, de material e de impactos ambientais”, analisa Nunes.
Sobre Ricardo
Ricardo Nunes é formado em Arquitetura desde 1976, pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). É pós-graduado em Projetos, pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas); especializado em Planejamento Urbano na Universidade de São Paulo (USP), e mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente, pela Universidade Federal de Sergipe (UFS).
Durante 30 anos, trabalhou na Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA), onde foi secretário de Planejamento (no período de 1998 a 2000); secretário de Tranportes (de 1985 a 1987); superintendente de Planejamento Urbano (1990 a 1993) e coordenador do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano de Aracaju (1997).
Em seu amplo currículo, Ricardo Nunes também destaca a atuação como presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil, antigo IAB-SE, (no ano de 2002 a 2004) e professor de Planejamento Urbano na Universidade Tiradentes durante sete anos.
Desde 2004, coordena o Instituto de Desenvolvimento Comunitário Sustentável (Incomun), mais especificamente voltado ao desenvolvimento de projetos de Bioarquitetura. Ricardo Nunes também compõe o quadro de conselheiro do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Sergipe (CAU/SE).
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